quinta-feira, 22 de dezembro de 2011



Arte Noturna
Wesley Faria



A tela me chama, eu respondo,
A imagem me pede para que a pinte, eu a atendo,
Vou, sem pestanejar, sem saber ao certo o que ela quer me contar,
Vou, pinceis e mente apostos, vou, simples e presteiro me vou,
Me entrego à ela, me apaixono, me encanto, a violo e ela a mim.

A tela não mais é prancha de trabalho, é paixão e como toda paixão é atalho,
É quem sempre amei e finalmente me retornou uma ligação,
É o sorriso de minha mãe que me cantarola uma canção,
É minha filha e é meu irmão,
A tela é espaço, imensidão,
No qual me encontro sem precisar me perder,
Me perco, sem precisar me encontrar,
Vai ver que eu nunca me achei,
Vai ver que foi ela quem me achou,
E com suas mãos suaves e gentis,
Me fez um gesto sutil como quem diz:
“vem”
E eu fui,
Aqui estou, nu, diante do mundo,
Nu, paralisado e mudo,
Com as cores de mim,
Trajado de ti,
Antes de ti, um cheio do nulo na ilusão do nada,
Depois, um nulo cheio de nada ao redor de nós,
Agora, todo minuto é um minuto a sós.

Quero Flores.
W.Faria 

Das flores o polen eterno, 
Tão denso quanto a poeira do mar.
Nas mãos, as estrelas que apanho enquanto descanso no ar.
Um dia acordo sorrindo, sem saber bem o motivo,
Não sei se na noite me aguarda ou da tarde serei seu cativo,
Porém deixo claro que agora não mais o tempo me basta,
Somente os versos revelam oque o meu sorriso disfarça.
Preciso andar rumo ao sonho,
Meu antigo companheiro,
Quem sempre me salvou da força do temido nevoeiro.
Preciso o reencontrar,
Nele me enveredar,
E com o doce mel de seus lábios,
Novamente me embebedar.







para o pequeno sorriso que vejo todas as tardes.

sábado, 17 de dezembro de 2011

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

O Encontro do poeta com o passado
W.Faria

Num dia de forte chuva,
E de neblina cinzenta,
senti uma brisa turva,
me dizer “vem meu filho, entra”
e movi meus pensamentos pra um monte que ali ficava,
“é um troço estranho e sujo” sempre minha mãe falava,
Mas mesmo teimoso e de intruso,
fui ver do que se tratava.

Cheguei montado no vento,
Que forte já me ensinava,
Desde pequeno eu lembro,
da estrada na qual entrava,
O vento me sopra, me move e me leva
Sobre o topo da serra branca,
a montanha de uma légua,
Como era conhecido aquele morro sem trégua.

Lá em cima eu pude ver uma cena assustadora,
Como se ela tivesse chegado ali de vassoura,
Uma velha remoída, carcomida pelo tempo,
Ficava ali me esperando, feito arbusto no relento,
E eu nem olhar conseguia, a velha me assustava,
Me fazendo covardia, com aquele olhar embotado.

Eu até me fiz de valente e abri um sorriso sem dente,
Que é pra ela não ficar encantada,
Vai que de repente a velha fica cismada de me beijar sorridente.

Mas olhando pra aquela velha, com roupa tão castigada
Eu vi uma semelhança com uma cena por mim lembrada,
Os olhares feito navalha que arrancam pedaços da minha pele,
Os cabelos envoltos ao nada, que mosca nenhuma repele
Com fios grisalhos e compridos, que faz com que a cena congele.
As unhas sujas como jagunço da terra,
E a pele tinha rugas feito o solo do sertão,
Olhos negros fundos, volteados, já cansados do verão
Trapos serviam de roupa, pedaços de um passado bom.

O zigue e zague da trovoada, que rasga e risca o céu,
Zoava como queimada na palha de fazer chapéu,
A luz que iluminava o alto da serra da velha
Num lampejo me fez rever a mim mesmo num retrato
Segurado por ela em moldura de madeira,
Foi quando entendi que a velha, ali parada a beira
Era algum tipo de fantasma que expressava meu passado
Vi que não era quem nota, mas era notado.

Percebi que cada passo era um passo dado,
Não cabe mais ser condenado,
Vi que a velha me sorria e não queria sorriso dado,
Vi que as unhas não me cortavam,
Como tento cortar de mim o passado que não é bom,
Vi que ela me segurava e não me modificava,
Por mais que eu fosse diferente na fotografia
Ela apenas segurava, sustentava, nem tremia
Sou eu quem tremo frente ao passado,
Então a velha descabelada
Era o passado que ali estava.
Que aqui está, me observando sem avaliar,
Me avaliando sem observar.

O passado é uma velha que te espia de cima de uma serra,
Velha, molhada e fria.
Que a tempos ninguém via,
Mas é a mais pura poesia,
Feita do ontem, do medo, do agora,
Do respeito pelo outro, mesmo que o outro não esteja aqui agora.

O passado é uma cesta de maçãs podres,
Levada pelo vento e espalhada pela vida,
O vento quente que arranca o telhado,
Nos mostra as maçãs caídas do outro lado
Maçãs as quais não mais via.
O passado são os dois segundos de agora,
O futuro é o tempo que demora para você voltar de lá,
Então o futuro é agora, digo sem me preocupar.
E a velha, que tanto medo me dá,
Ora veja, vou ter que me conformar,
Porque onde eu for ela irá, onde ela for, vou estar lá.
O candeeiro não vai se apagar, a catingueira não vai se queimar,
O passado é a saudade tatuada em nosso coração,
Dizendo que é pra lá que nossos passos vão,
E eu, que sempre fui meio avoado,
Finalmente pude entender,
Que pra viver assim rimado,
Certas coisas tem que ter,
Não ter medo do passado,
De viver ou de morrer,
Só se for viver parado
Ou vendo o sol descer,
Aí inventei uma frase,
Que nunca mais vou esquecer
É assim:
SIGA O SEU SORRISO, QUE O RESTO SEGUE VOCÊ.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Tropa do Sarau Reunida.


Giovana Damaceno

Regina Vilarinhos

Cristina

Wesley Faria

Tropa do Sarau
Wesley Faria


Mudança.
W.Faria

Quanto ao sol, não quero fogo,
quanto ao fogo, não quero a brasa,
quanto a brasa não quero o calor.
Quero num dia branco, a pureza da neblina
quero na neblina, enevoar os sonhos bons,
quero em um sonho, a chave para casa,
quero nessa casa me embrenhar na procissão,
Quero uma MUDANÇA inteira só para mim,
com carro de boi rangendo, e roupas cheirando a alecrim.
quero mover meu corpo sem tocar no sonho,
quero mover meu sonho sem tocar em meu corpo.
quero, por mais que esteja morto, endireitar meu caminho torto,
endireitar meu caminhar,
caminhar sempre avante, sem saber que a frente também estão os passos de antes.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011



Poema antiquíssimo. Quando eu falava de amor.

Mente-amabilis.
W.Faria

Quanto tenho-te em mente,
Me encaixo no formato do teu abraço,
Refaço o cada gesto, cada passo,
Necessários para ver-te.

Quando tenho-te em mente,
não me passam nevoeiros,
Não me consomem tormentas,
não me fazem nexo as lógicas,
não me enrubecem as vergonhas,
quiçá vergonha sinto.

Quando tenho-te em mente,
não me seguem negros pensares,
afastam-se outonos nublados,
o mundo inteiro é um pequeno recinto.

Quando tenho-te em mente,
aproximam-se pássaros multicores
não me enxergo perdida,
nem me enxergo sem vida,
pois tu és a vida em mim,
amor de sol, amor sem fim.

Quanto tenho-te em mente,
Doce pecado da minha candura,
adormeço em teu colo delicado,
No meu tempo, que nem o tempo não calcula

Quando tenho-te em mente,
a terra cheira a jasmim,
as flores se vestem de ti
e os aromas se vestem de mim.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011


Texto e Narração de 
Wesley Faria

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011


Lentos
Wesley Faria

O peito rumina lembranças de ontem,
o ontem se faz da lembrança do toque,
o toque refaz o acorde perfeito.

Tua face marcada no lençol do meu leito,
O calor do teu corpo me aquece quando não está aqui,
tua boca me morde quando penso em ti.

Sou teu sonho que vara noite a cortar tua paz,
sou a gota de orvalho que o vento da noite traz.
sou a fera que espreita com seu bote voraz.

E é tão simples pensar em nós,
tão fácil ficar a sós com estes pensamentos,
é como se o mundo todo ficasse imóvel e nós, lentos.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011



Passarinho_experimentações wfaria

Wesley Faria e sua Poesia
Wesley Faria e sua Poesia

Tudo é para sempre.
W.Faria


foi bem melhor, dizer
que o pior, passou
por nós dois

não sei porque, doeu
mas sei que não, ficou aqui.

Agora a tempestade já acabou,
o rio se refez diante do mar,
e a história não vai terminar outra vez
com lágrimas tristes e olhar pro chão,
passos tão lentos na contramão,

desta vez tudo é pra sempre

Cena noturna
W.Faria

Risca de giz no céu de anis,
Risca de giz na noite negra,
Uma pausa, um brilho, uma estrela.
Dentro da estrela um ninho de sonhos nebulosos,
Dentro de cada sonho um ninho de angústias sagradas,
Que rasgam o céu e sangram melodias pelo vão de suas palavras.
Choro declamado, anjos de cordel, chapéus de palha que giram,
Pairam no oco do tempo.
Oscilando em cores pelas matas,
Rodopiam e emudecem ribeirinhos que se olham assombrados,
Frente ao disco enevoado e seus filhos, panças-cheias fatigados, vermífugos cantarolando canções de roda, se embrenham mata a dentro em busca de redenção.
Logo a senhora elegante trajada de negro cintilante se retira do salão
Abre mão de sua paz para um amigo que ali se faz,
Ele vem, rasga a carte, seca a lágrima e cada gota de água do organismo,
Talha a vara, varre o pó, reorganiza o povoado,
Colocando cada um em sua casa,
Finaliza assuntos, faz o menino bebericar na fonte de um açude quase torpe.
O gado para, o tempo para, o dia para, o homem para, só ele continua,
Ponta a outra, egoísta, frio e solitário, expurgando cada ser vivente,
Dando e tirando a vida,
Ele vai, até tocar o chão,
É quando devolve a senhora de negro ao salão,
Que proclama independência noturna pelas terras e pelas camas,
Traz o sonho para o lar,
Ela sim, aquieta o berço,
Ela sim é quem faz ninar.

"de dia no sertão o diabo dança, a noite o diabo corre."

domingo, 4 de dezembro de 2011

Almas Secas.
W.Faria

Aqui tinha um rio,
Aqui tinha um rio,
Não! eu não estou louco,
Aqui tinha um rio.
Aquieta meu coração minha mãe,
Minha alma enevoada, avisa ao dono de lá que por aqui passava um rio,
Aqui, onde agora é seco,
Onde agora é morto,
Onde agora é torto,
Onde tem pó e osso de boi,
Daqui a água se foi,
Aqui onde piso, outrora nadava.
Aqui tinha um rio, eu não estou louco, não estou louco,
Sei que tinha e agora seca tem,
Sou herdeiro de um curral de almas,
Que se perdem afogadas num rio fantasma,
Almas secas minha mãe,
Almas secas meu pai,
Molha com teu olhar chuvoso,
Teu bocejo de neblina,
Teu arroto de trovão.
Aqui, bem aqui, por onde passa a procissão,
Passava o rio cheiroso,
Que rasgava o bucho do chão,
Lavava criança, gado, velho e moço,
Dava de comer ao sertão,
Agora, do pó nem barro se ajeita,
É uma terra estreita,
Que migra magra e espreita,
Feito o abutre que espera paciente,
O fim que chega latente,
Almas Secas castigadas, que ruminam sonhos bons,
Almas Secas fatigadas, que esqueceram oque é sorrir,
Tem pena delas minha mãe, tem pena delas meu pai,
Tem pena delas, essas almas que se vão amontoando sobre a terra vermelha do chão,
Almas Secas que se vão, pra o outro lado de bucho vazio,
Chegam aos montes sussurrando,
Que por alí passava um rio.

Seu eu-passado.
W.Faria
Estou aqui para dizer do ontem, não do amanhã, este não me interessa não. Não quero falar do futuro, não existe futuro sem atos, o futuro é daqui a dois segundos, não é tátil, não é ágil, não existe. Vim trazer sua falha, sua navalha de cortar cetim, o pano que recai sobre a noite e que recobre seus sonhos, sonhos densos, suspensos no ar. Vim lembrar de teu passo torto, teu homem morto, o teu penar. Sou eu que em dia de glória t arranco o suspiro da vitória e te faço chorar, sou seu mais sincero 'eu' sou seu ontem, seu feliz parceiro que agoniza na mesa de cirurgia, esperando um transplante de poesia para quem sabe caminhar, sou você, que deixa a vida passar.

domingo, 27 de novembro de 2011


Eu.
W.Faria

Tem q ser muita flecha pra passar minha couraça
muita bala para me alcançar, muita lanca pra me golpear,
muito fogo pra que eu inflame, mas morro agora de derrame, se um verso me faltar.

Amo a cada dia como se fosse o suspiro derradeiro, caminho pensando assim:
se eu morro agora, como vão lembrar de mim?
W.Faria

A poesia se faz sozinha, o poeta não faz nada.
W.Faria

Não faço nada! só deixo cair a poesia! ela se faz sozinha!
juro que ficam flutuando ao redor da minha cabeça...
Quando preciso estico o braço e pego uma palavrinha...
Elas vão caindo em fileirinha
feito sopa de letrinha
enfeitando meu papel
faço verso e poesia
pra ver se quem sabe um dia
eu consiga ir pra o céu
porque ouvi dizer
que o poeta faz o bem
escreve verso e poesia
e quem ama diz 'amém'.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Siga seu sorriso, o resto segue vc.
W.Faria




Pense no q está deixando de viver aí dentro de vc. Escute a voz inetrior que grita dentro do seu coração dizendo "ouça-me, eu quero teu bem, Deus t deu uma vida e disse CUIDE DELA" Está cuidando?..planos, sonhos, metas.....está realizando?
se não, não se preocupe, ainda dá tempo de arrumar tudo isso aí, basta coragem e um grito bem alto que se ouve de alto de uma montanha, "ESTOU REASSUMINDO O CONTROLE" e pronto. Refaça seus passos, saia do trabalho se estiver infeliz, erga-se do zero se preciso. O ser humano perde tanto tempo se adaptando ao meio em que vive que não percebe que pode estar vivendo no meio errado. Não tenha medo de encontrar seus sorrisos no caminho, embarque no seu sonho e pare de viver os sonhos dos outros. Seja sua estrela e ilumine seu caminho com seu próprio brilho.

Amo muito vocês, tanto que dou minha vida por cada um de vocês.
Na Beira do mar de Copacabana


Aqui, da beirada do continente tenho a certeza de que ninguem é realmente grande se nao puder domar o mar. Aqui, sentado na areia sei que se quero ser melhor preciso saber dos outros graos, pois sao eles q me sustentam. Aqui, na beira do mar sei que nada pode me fazer voltar ao momento no qual nao refletia poesia sobre as frestas da vida. W.Faria -um poeta q nao sabe nadar.
Seja o Mar.
Raianne Senna e Wesley Faria

Não me tome como o mar toma a praia,
com sussurros de neblina e banhos noturnos,
não me tome com seu sol que me despe em um instante e em um vulto lancinante deixa um rastro de lembranças em meu pensar.
Rompe teu costume e me entende como sou.
Segura a minha mão, sinta o frio e o calor dos meus dedos,
olhe dentro dos meus olhos e veja os brilhos escuros que só a luz da lua cheia pode fazer brotar,
olhe como o mar refletido e mais violento que o que molha os nossos pés e nos faz perder o equilibrio.
Eu cheguei a fugir dos vultos,
das minhas próprias sombras,
aprendi o idioma de outras ondas e onde eu cheguei depois de tanto andar?
Nessa mesma praia que tomei e me afoguei de felicidade como a primeira vez.
Seja meu porto, seja meu barco, seja o mar, seja o mar.
O vento
Patricia Araújo Rios 

Houve um tempo em que ele chegou
Pegou de supetão o coração desanimado
Curou suas feridas, fechou os seus buracos
Fez dançar as almas tristes que deixaram as janelas
ara colorir com passos novos os asfaltos
Trouxe consigo sementes raras
Espécies novas de outros continentes
Na correnteza, água pura pro plantio
No dia-a-dia, mais esperança pra toda a gente
Fez do soluço aflito um choro canção
Ensinou a olhar o horizonte achando em cada detalhe
da natureza crua a razão pra uma oração
Criou sinceros sorrisos e lágrimas silenciosas
Botou a simplicidade a favor do amor
Lapidou cada palavra como pedra preciosa
E então nasceu uma nova cidade,
tão viva quanto face juvenil
Só não se sabe ainda do destino daquele povo
Ainda tão sonhador e apaixonado
Pelo vento que partiu ...

Poema feito para Wesley Faria que com o coração dilacerado diz o EU TE AMO mais iluminado que alguém poderia dizer!!! obrigado flor.....obrigado por me deixar fazer parte da sua doçura =)

Visita
Wesley Faria

Na solidão do espelho, vejo o tom amarelado da luz do quarto,
vazando a fresta da porta do banheiro e trazendo a tona toda a
sensualidade da casa vazia, os móveis em penumbra.
Densa noite que recai sobre o sofá, me convida para sentar e conversar.
Na solidão da casa vazia não me sinto aconchegado,
me sinto inerte como o mudo criado,
preciso abrir a porta e deixar a noite sair, antes,
No entanto, mais um afago em seus cabelos escuros,
uma ou outra estrela acaba de acordar e voltar ao seu lugar.
Tudo pronto, vou, de braços dados com minha companheira,
ladeado pelos brilhos coloridos da cidade inteira, a noite,
eu...e o mundo em nossa beira.

Poema para srta Luciana Bandeira ;) muito sonho para nós e lembre-se, siga seu sorriso, o resto segue vc.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011


Aos pouquinhos

Qro luzes amarelas no caminho por onde eu passar,
quero caminho para atravessar, quero o sonho, quero ter, 

quero ser um ser risonho. Sou do mundo, mundo de verso inverso, 
sou das cores que me tingem e me tornam vários, 
quero acordar com um acorde suave que se vai apagando, 
apagando, apagando, 
até desaparecer, 
aos pouquinhos. 


W.Faria

terça-feira, 8 de novembro de 2011

O Amor é chuva

W. faria

É como se a gente nascesse e morresse sem rumo,
É como se o céu brilhasse só pra nos ver escrever uma letra de canção e quando a gente escreve ele se escurece,
É um vai e vem de meio e vão que nos faz ficar sem rumo,
Um tal de quero ir, quero ver, quero descer ou subir,
É um sentimento diferente, não é raiva, não é amor, não é lógico,
É chuva, é chuva,
É poeira, é ar,
É pequeno e de tão pequeno é grandioso, como se não quisesse ter forma,
Um sentimento que faz lembrar de quando pequeno,
O bater de panelas na cozinha, o doce de goiaba na mesa,
Um sentido tão antigo logo ali, incrustado em tudo no presente,
E o presente morre a cada noite,
A cada madrugada que se explode,
O presente é pedra no caminho do amor,
O amor é uma pedra no caminho,
O amor é pedra,
O amor é caminho,
O amor é chuva.
shhhhhhhhhhhhh

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

A Deriva. W.faria
   
Naquele momento nao existiu o tempo,na verdade era como se ele nunca tivesse existido, sujeito impiedoso e petulante esse tal de tempo. 
Naquele momento os olhos estavam fechados e as maos lentamente se soltavam, se iam e se iam num ir languido e singelo, como se fosse preciso delicadeza para expressar uma partida.
Naquele momento todas as oraçoes do mundo nao foram capazes de formular uma só frase, uma só palavra! 
Naquele momento,que duraram quatorze anos contados por mim mesmo enquanto ouvia seus passos caminhando rumo a escadaria. 
Ela se perdia de vista a cada novo som e eu que sempre tive à pena a postos nao a saquei qual carabina e disparei.Naquele momento o cheiro da tabacaria da esquina se fez mais presente do que nunca, como que me convidando para entrar e pousar em meio a fumaça densa de charutos e palheiros.
Naquele momento entendi o peso da frase "olhos de ressaca" aos quais o poeta se referia ao falar sobre Capitu, olhos de maremoto.Naquele momento e ate agora eu fui e sou apenas um marujo a deriva.


Vida
W.Faria


No emaranhado de linhas do tempo sigo a luz do dia vão,
sigo a dança das estrelas que tenho na palma da mão.
O céu da boca me disse que a vida se vai num segundo,
como uma estrela que risca por entre as nuvens seu lume.

Não quero dizer ao mundo dos sonhos que ainda tenho
tento dizer a mim mesmo que os sonhos são só desenhos
tecido que teço ao dormir e me cubro tão repentina,
num susto aprendo com a noite, a estrada que a vida ensina.


Para amiga Lohaine um poema cheio de vida.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Em chamas.

W.Faria


A terra rachou em duas, o cheiro brotou do chão, o chão se molhou com a chuva, a chuva seguiu o trovão.
o trovão gritou seu sussurro, que pra nós não foi mais que um louvor, de uma noite de neblina corrente,
anebliado do puro rancor.

O barro não mais se enlama, não mais se ajunta nos cantos com pó,
se serve de pés como cama, dos pés que suja não tem dó.

Os pés não caminham descalços, caminham vestidos de lama,
Os sonhos se vestem e despem, conforme o dançar de uma dama,
a dama que baila na lama e me chama, me chama, em chamas.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

O Jazz é o brega internacional. 


W.Faria
O Amor resiste quando o amor existe.
W.Faria

quarta-feira, 5 de outubro de 2011


Sucesso
w.faria

de repente não mais preciso de horas para guiarem meu dia
de repente não mais preciso de musicas,
de repente não mais preciso de poesia,
de repente não mais preciso de barcos para navegar
de repente não mais preciso do tempo
de repente não mais preciso de amores,
de dores, sabores, calores, cores e gratidão
de repente a única coisa que me faz sentir novamente
é o batimento do meu coração, sem sonhos e sem realização.
Como num vôo rasante por um chão empoeirado, fatigado pelo sucesso
que se foi a tempos e quem sabe esse mesmo sucesso já se faz desnecessário?
Quem sabe ele nunca foi necessário?
De repente agora posso ver melhor.
Ver que não sou o sucesso que queria ser,
Tenho o sucesso que não podia ver.

Poema de improviso para o amigo Jorge Augusto

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Nasce Uma Cidade
Barra Mansa 2011






















Meu
w.faria


Meu mundo é meio a meio, meio dia meia noite, em um um beijo no outro o açoite, meu mundo é nada meu, nele as representatividades se tornam nuas, se despem, cruas e se entregam feito pluma ao léu, suas. Meu mundo é meio faz de conta, colorindo em cada ponta um pedaço de papel, meu mundo é papel, pintado por mim num carrossel de desejos, alto-baixo-alto-baixo-alto-magro-gordo-feio-meio-a-meio-meio-a-meio.




Com carinho para o Amigo Lucas Cucaze Fagundes.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011



Leila
W.Faria
Sou dona do ar que me guia,
Eu guio o ar no qual me lanço,
Num dia a dia tão leve, que quase nunca me canso.
Sei que nascer é sentir o vento nos tocar os cabelos,
Sei bem que sentir é nascer para uma nova pulsação,
também sei que pulsar é deixar-se envolver pela sua canção.
Sei que minha força vem de dentro, do antes e do amanhã,
sei que sou oque tenho por dentro, dentro sou oque quero ser,
um suspiro suave de vento e um brilho a se acender.
A alegria de ser quem eu quero me toma ao acordar,
me arranca suspiros sinceros, me faz cantarolar,
O sorriso me arranca dos olhos o véu que envolvia a luz,
me faz perceber belas cores em flores que fazem juz.
Vejo estradas por onde passo, vejo cores
Vejo estradas passarem por mim, vejo amores,
Sinto, pulso e vivo, a cada dia um pouco mais,
Se ontem fui barco a deriva, hoje encontrei meu cais.
Para a amiga Leila, com todo o carinho de um pequeno poeta.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Sorriso


No verso do vento vejo as cores do mar, vejo o Sorriso do tempo, vejo a flor se deitar, vejo o canto do céu, sinto que enquanto ando o mundo para sob meu chapéu. Tenho o tempo que quero, quero o tempo que tenho, sou o tempo que vejo, faço do tempo um desenho, com cores, tons e sabores, melodia para meu dia, melodia para meu ser, mel para meus lábios, poesia para viver.


poema de improviso para a amiga Viviane Saar
Quem vem Lá?

Quem vem lá? serás tu ? coragem, que me arranca do leito e em despeito a minha dor me põe a sofrer de amor? Ou seria tu, canção? a quem rogo ouvir o dia todo, transformando meu inverno em verão? Em meio ao nevoeiro denso da minha vida vejo que quem se aproxima, vagarosa e prevenida é a Vontade que tenho de ter a vida mais vivida, Ter o doce mais doce, ser o verbo mais latente, ser do mundo imensidão e no horizonte estar presente.

poema de improviso para a amiga Diana Sabadini.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Efêmero

Efêmero.
W.Faria

Meio dia, meia tarde,
não se sabe ao certo quanto tempo temos,
Temos tempo, temos nota, não se nota nosso tempo,
nem ao certo o que denota nosso tempo que se esgota,
Efêmero, por entre os dedos.
Quero o antes e o outrora, quero o sempre e o agora,
Não mereço tanta vida, nem aqui nem lá fora.

Passa o dia, temporais,
passam as roupas dos varais,
Varam a noite a passar,
os pensamentos sempre iguais,
Dia finda, dia fundo,
me afundo em mares e vendavais,
Afim de resgatar da tarde a cena que a noite faz.



> poema de improviso feito para o amigo Lucas Motta.

Eu Sol


foto: Lucas Motta.

Eu Sol.
W.Faria

Ergo-me por sobre a montanha, realço os tons da vida e sussurro um hálito quente sobre tua paisagem gélida.
Vem, deita diante de mim e consome a cena bela pintada pelo douro que se fez presente.
Olha, já é hora, não se esconda, é nítido que a emoção lhe salta os olhos.
Perceba como ela brinca com tua pele e lhe faz rubro onde antes era pálido,
Sinta que o outrora frio agora é quente.
Toque o douro onde antes era intangível,
Veja o indivisível ser compartilhado por tamanha beleza,
Fale sobre mim, sobre como ergo-me e sobre meu deitar,
Sobre como o inanimado pode se deitar,
Sou a lira dos ventos, sou a luz do caminho,
Sou eu sempre presente, as vezes a luz do caminho,
Sou quem quero ser, sou todo o brilho que você vê,
Sou quem anuncia o canto do rouxinol,
Muito prazer, eu sou o Sol.

sábado, 20 de agosto de 2011

Nossa Senhora Sonora

Nossa senhora Sonora
W.faria

Nossa Senhora Sonora,
tambores e velas te rogam,
te peço em sua mandinga,
O vulto de amor que me envolve.

Nossa Senhora Sonora,
Quero ter sempre em meu leito,
Uma imagem de santa,
Teu rosto, teu manto e teu jeito.

Sem perceber eu me deito,
Me vou e me chego na cama,
Oro e acendo a chama,
da vela a alumiar,
Durante todos os sete dias
nos quais me dedico a cantar.

Senhora Odoiá Saravá.

Minha poesia

Minha poesia.
W.Faria


Minha poesia não é pura!
Minha poesia é suja, repleta de desejos e necessidades.
Os quais não pude concretizar em forma material,
Por assim ser os guardei em um quadro lírico e colorido,
Como quem disfarça sua falta de cor.
Minha poesia não é natural,
É um viver forçado a margem de uma sociedade que não rima.
Uma sociedade que não faz verso nem repente.
Minha poesia não feita para gente,
Não é feita para bicho,
Não fala de afeto, de amor ou arrepio,

Minha poesia é puro rancor.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Estradas

Na vida não podemos caminhar conforme desejamos a todo momento, existem estradas longas e estradas curtas, aas longas requerem mais paciencia e força de vontade e a curta requer menos, porém na longa evoluimos pensando e refletindo durante o percursso, enquanto na lenta nós caminhamos sem as vezes perceber a paisagem
na longa desenvolvemos nossa calma e descobrimos oq fazer com a raiva e com o tédio
enquanto na lenta nós não temos tempo para exercitar a calma.

Na estrada londa nós nos deparamos com viajantes, pessoas que sofrem e retirantes,
nos deparamos com a face do ser humano que fica esquecida por quase todos nós a quase todo o tempo enquanto na lenta só temos tempo de percebermos a nós mesmos
na estrada longa podemos encontrar pessoas que estão ao nosso lado enquanto na curta só encontramos aqueles que ou estão a frente ou estão atras.

Nós, por estarmos acostumados a ganhar tempo sempre escolhemos a estrada mais curta sem saber que ela é a que nos tras o sofrimento maior, pois não existe maior sofrimento do que não enxergar alguém que precisa de ajuda,
e por mais que passemos pelas estradas várias vezes os homens ainda escolhem a estrada mais curta.

Patrícia, suas lágrimas podem rolar mas tenha a certeza de que elas estão umidificando a estrada longa para que nascam flores por todo o caminho.


Estou do seu lado, vamos juntos nessa estrada.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Leve

Leve.
W.Faria

Leve, por toda terra passa,
leva consigo toda sua graça,
recorre a pena para destilar seu penar.

Leve, sob o manto azulado,
Segue, como num poema sagrado,
lhe escorre dos dedos a arte a pulsar.

Sem rumo nem prumo, sem evitar,
Se deixa levar pelas letras, a cavalgar,
Lentamente enlaça a vida e como num fim de livro,
seu sorriso permanece aberto,
nos serve de ninho,
nos serve de abrigo.

-- para a amiga Fran.

Eu de Agora

Eu de agora.
Wesley Faria

Vejo o sonho se lançar ao chão,
...vejo o amor na linha da mão,
vejo o céu namorar o verão,
vejo o claro no escuro, o sim e o não.

Ouço o grito entoado em uníssono recriando o eco no vão,
ouço a voz em vez de verso, ouço o encanto da canção.

Vez e meia vejo o vulto da luz se tornar escuridão,
Vejo o mar em cada gota de orvalho,
vejo o ar me estendendo a mão.

Vejo a frase que era fria ganhar ares de poesia,
vejo a fresta que existia se tornar janela para minha magia,
Vejo o antes e o depois se pintando do avesso,
Vejo cenas da minha vida, num doce recomeço.
Vezes vago, vezes paro,
vezes belo, vezes raro,
Vezes gesto de protesto,
Vezes partes de um castelo,
Torres altas de marfim,
Nas quais me escondo de mim,
Praças largas a mercê,
Onde me encontro e me perco em você.

Para a amiga Priscila Cristine em nome de uma sincera amizade poética e enebriada de magia!

"a poesia prevalece"

Forma e Ação.

Forma e Ação.
W. Faria

sinto algo diferente no ar, sinto o ar,
sinto algo diferente a bailar, neste mesmo ar,
sei que as vezes me pergunto 'O que há?'
sei que as vezes só me esqueço de falar.

Falar sobre mim, falar sobre o sol,
sobre a chuva que cai e toma a terra,
sobre a terra que gira e me leva com ela,
sobre o mover dos céus, sobre o bater de asas
que muda a direção,
Sobre a direção.

Falar das cores, dos amores,
Das horas perdidas ao telefone,
das horas nas quais chamo teu nome,
Falar do sim, falar e falar,
quando todos só querem pensar.

Sinto algo que não mais me dói,
sinto algo que me constrói,
num estruturar sóbrio e delicado,
um contruir puro e lado a lado,
mão a mão, sonho a sonho,
cor a cor, gesto a gesto,
sinto em mim a forma perfeita para o verso.

Sinto o que não mais sentia,
uma transformação outrora vazia,
me consumindo em poesia.

Sinto e vejo, vejo e falo,
falo e toco um novo atalho,
que me arranca da estrada fria,
e me devolve pro sentido horário.

-- Para a Amiga Patrícia...muita poesia pra vc.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Na cauda do vento

Onde estava o vento quando precisei?
onde estava o vento?
E o cometa, riscando o céu com seu brilho enevoado?
onde estava?
Onde estavam os pássaros gorjeando meu lampejo de poema?
onde estavam?
Onde estava o rio a quem supliquei o renovo matinal?
onde estava o rio?

Novamente sou estrela,
novamente sou luar,
novamente sou poema,
pela vida a passar.
Novamente me pego me esvaindo líquido,
Sob os raios do sol,
novamente me recolho sob as notas miúdas do canto do rouxinol.

Vez em quando me pego voando baixo enquanto escrevo
Mesmo sem saber se devo, me atrevo,
Num dia de desalento,
Vôo pra longe daqui,
Pego carona ligeiro,
Com direito a um só passageiro, no canto do colibrí.

Meu coração viajante,
Que na vida está sempre adiante,
rumando sem direção.
Num dia de desalento,
Eu a viola e o tempo,
voamos pra o alto mais alto,
sentados na cauda do vento.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Estrada...


Pobre estrada que espera passos pra ser caminho, pobrezinha
Que não sabe que por si só já é passagem.
Pobre estrada que precisa ouvir o som dos que passam para sentir-se útil, pobrezinha.
Pobre dela, não sabe que é dela de quem precisam, é nela onde se depositam os sonhos apressados dos que correm suas vidas, onde caem os suores dos que mastigam suas horas e minutos, nela estão fincados os pés dos passantes, é o meio para se chegar, todos sentem, todos vêem, só ela não sabe.

Calma

As vezes acho que a calma que sinto é uma vontade reprimida, que de tão grande não cabe em mim e me paralisa por fora. Porém é por dentro que sinto um fluxo constante e inquieto que me faz explodir aos poucos em poesia. Essa mesma poesia me toma como uma doença toma sua vítima, por mais que pense em me livrar dela, até meus pensamentos são em forma de poemas.

Dou graças por terem inventado a caneta e o papel, assim não morro de implosão.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Pátria ARMADA



w.faria

Ouviram do Ipiranga alguém gritar mas não sabiam o que queriam dizer
E me disseram que um dia isso ia estar no jornal e na TV
Me disseram que era importante entender que o brado heróico foi por mim e por você
Mas acho mesmo que o sol da liberdade não garante o meu direito só garante o meu dever

E eu vou, Idolatrando e cantando à pátria amada que se perde e ninguém vê
Quantas histórias ainda vão me contar? E quanto tempo eu vou ter que escutar que esses dias foram marco na história, disso eu já sei mas a história é aqui e agora.
É tanta gente que se deita em berço esplêndido que só sobrou o papelão para você
E pra mim, o que sobrou dessa historia tão mal contada foi um verso que se perde pelo ar,

Crianças cantarolam pop na calçada e nem sequer do hino ouviram falar
Moleques jogam violência o dia inteiro, e dão descarga na sua vida no banheiro
Coitado do professor que até facada levou só por tentar falar da vida de um herói
Coitado do seu cantor que foi vetado por falar onde dói

Portrait




Os dias passam.
W.Faria

Para onde vão os dias que me escapam pelas mãos?
Para onde vão?
De repente, num susto me deparo com tal dúvida,
Que quase sempre culmina em pranto,
Que quase sempre surge a noite,
Açoite!
Suspeito que me é sussurrada pelo travesseiro,
Aquele traiçoeiro pedaço de pano,
Me abraça e faz da dor que passa um manto,
É seu plano!
Me cubro, recobro e durmo,
Sem ter a resposta.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

coisas da vovó don'ana

Bolo de fubá cremoso

INGREDIENTES:
- 3 xícaras (chá) de açúcar
- 3 ovos
- 1 colher (sopa) de margarina
- 2 colheres (sopa) de farinha de trigo
- 1 ½ xícara (chá) de fubá
- 1 xícara (chá) de queijo ralado
- 4 xícaras (chá) de leite
- 1 colher (sopa) de fermento em pó.

Modo de preparo: bata bem todos os ingredientes no liquidificador, menos o fermento. Acrescente o fermento e bata rapidamente. Despeje numa assadeira untada de 32,5cm X 24cm e leve ao forno preaquecido moderadamente (180ºC) por 45 minutos. Deixe esfriar e corte em quadrados.


Parece bobo mas quando tenho um pedacinho de bolo de fubá na mão, sinto-me de mãos dadas com minha família, de mãos dadas com o passado, de mãos dadas com o carinho.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Noite Escura

Dia cinza, noite escura, pena branda e penumbra.
Nada de novo no ar, nada no mar, apenas o luar descansa à sombra.
O orvalho repousa sobre a folha e se cobre com o vento delicado da madrugada,
Nada é fim, é tudo estrada.

Som de alvorada ou revoada? tanto faz, em um o renascer n'outro o renovar.
A ESTRELA assiste o mover criado pela luz pálida do luar,
não sei se é belo, não sei se é encanto, sei que nessa noite escura ninguém ouvirá meu pranto.


W.Faria

terça-feira, 22 de março de 2011

Exrio




Mover o rio,
Dissipar o pó.
Cortar o tronco,
Cortar sem dó.

Parar a canoa,
contra o vento e o nó.

O sumo não derrete ao sol,
O sumo sacerdote não se equivóca,
É de fé e de cera sob os pés da santa,
Onde as mãos se queimam e o povo pranta
é de fome, de pé na terra que ela dança,
criança, sanidade da lembraça.

Tentam e atentam os olhos embutidos de água doce,
ribeirinhos frente ao rio que ruindo tenta se salvar do açoite.

E a sangria desaguada corre pelas matas séquidas do sertão.

ta certo não, ta certo não.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Incógnita

Pequena incógnita...pequeno martírio...poucas palavras, muitos suspiros...
Pequena incógnita....refazendo o ar por onde passa, onde era dor, agora é graça,
onde era ardor agora relaxa...

Pequena incógnita.....pequena fresta de luz pela porta passa, ora luzente ora se embaça.

A única certeza é que agora não há certeza alguma....o tempo se faz dia a dia....
o amor se renova dia a dia, cria horas e momentos....o amor refaz o tempo.


te amo...preta.