Efêmero.
W.Faria
Meio dia, meia tarde,
não se sabe ao certo quanto tempo temos,
Temos tempo, temos nota, não se nota nosso tempo,
nem ao certo o que denota nosso tempo que se esgota,
Efêmero, por entre os dedos.
Quero o antes e o outrora, quero o sempre e o agora,
Não mereço tanta vida, nem aqui nem lá fora.
Passa o dia, temporais,
passam as roupas dos varais,
Varam a noite a passar,
os pensamentos sempre iguais,
Dia finda, dia fundo,
me afundo em mares e vendavais,
Afim de resgatar da tarde a cena que a noite faz.
> poema de improviso feito para o amigo Lucas Motta.
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