terça-feira, 13 de dezembro de 2011


Poema antiquíssimo. Quando eu falava de amor.

Mente-amabilis.
W.Faria

Quanto tenho-te em mente,
Me encaixo no formato do teu abraço,
Refaço o cada gesto, cada passo,
Necessários para ver-te.

Quando tenho-te em mente,
não me passam nevoeiros,
Não me consomem tormentas,
não me fazem nexo as lógicas,
não me enrubecem as vergonhas,
quiçá vergonha sinto.

Quando tenho-te em mente,
não me seguem negros pensares,
afastam-se outonos nublados,
o mundo inteiro é um pequeno recinto.

Quando tenho-te em mente,
aproximam-se pássaros multicores
não me enxergo perdida,
nem me enxergo sem vida,
pois tu és a vida em mim,
amor de sol, amor sem fim.

Quanto tenho-te em mente,
Doce pecado da minha candura,
adormeço em teu colo delicado,
No meu tempo, que nem o tempo não calcula

Quando tenho-te em mente,
a terra cheira a jasmim,
as flores se vestem de ti
e os aromas se vestem de mim.

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