domingo, 25 de outubro de 2009

Já corri demais

Da janela posso ver o poente, que nunca toco.
Pela porta passam os vultos dos sonhos antigos, que não mais irão voltar.

E debaixo da macieira uma velha, sentada e sorridente, com um cesto de maçãs podres nas mãos, em cada maçã um sonho, em cada sonho um odor diferente.

Os pés só caminham mais dez ou vinte passos, nada mais de quilômetros, eu já corri demais e agora quero sentar e descansar, mesmo que a única coisa que tenha para comer sejam essas maçãs...podres.



Para minha avó distrímica.

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