quinta-feira, 5 de novembro de 2009

INSÔNIA!

Donde vem a luz que me remove os sonhos?
Donde vem tal som que emudece a noite?
Donde vem o trepidar que me acolhe o peito?
Donde vem o incômodo vento quente que me toca a fronte?
De certo que não me encontro a pestanejar
De certo não tenho o sonhar
De certo não acho nem certo a tal desejar
Porém o que quero dizer é o não dizer,
E o que quero desejar é o não desejar, o desdizer,
O Destruir dos verbos em seus particípios e plurais
Quero o silêncio, o santo sepulcro dos vendavais
Quero o dormir o sono dos amantes, que esperam os amores de um novo dia
Quero arrancar a insônia da alma, que de fato me deixa vazia
Quero o não saber, por algumas horas, o luzir de um dia pela janela
Quero a janela, quero a paisagem de um dia claro,
Mas o quero pela manhã, por enquanto só quero dormir.

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