quarta-feira, 22 de maio de 2013

Brasil caboclo
w.faria

Tateando pernambuco em busca de caboclo
cavucando o antepasto de alface roxo
pensativo como o a escultura de rodan

Meniniçe acreditar que país existe
nem estado nem fronteira isso é tudo um xiste
se a landia como um todo sempre esteve lá

E a faca foi cravada no peito da terra
foi cortando esfaqueando todo pé de serra
e alguém gritou que era dono do lugar

Tateando nosso povo feito cego insone
vejo aqui tantas barreiras que escondem fome
desidéia descompasso que fica no ar,

cavucando o antepasto com a face a tapa
grito forte que a terra só se desidrata
se aos berros colocarem as fronteiras lá.

se aos berros colocarem as fronteiras lá.

sexta-feira, 17 de maio de 2013


Recomecar
W.Faria

Quando teremos a paz que nos foi arrancada?
Quando seremos só Deus, terra e meus pés?
As respostas amigo, não são claras como a vida,
São claras como tudo que não é,
Parece meio complicado querer reviver o futuro,
Mas é minha vontade e eu juro,
Não gosto do não querer amar,
Gosto mesmo é de recomeçar,
Pois é assim que o céu fica mais belo,
Assim em cada casa eu vejo um castelo,
Assim as ruas parecem rios,
Cada beijo é um calafrio,
E cada dia é um desafio.

Desafio a vida em busca do sonho,
Desafio o sonho em busca do real,
Desejo tudo aquilo a que me proponho,
E só ofereço aquilo que realmente importa,
Meu sorriso no final.


Para a amiga Ana Paula, um abraço cheio de poesia.

Doce Lembrança



Doce Lembrança.
W.Faria

O dia parece ter amanhecido mais claro, parece que o ar adquiriu um gosto de flor, o chão recém molhado criava pequenos oasis em plena cidade acizentada pelo tempo. Até o riachinho no qual pulverizam torpes odes parece ter se tornado um braço de mar ou mesmo o leito de água doce, vontade de me banhar sem culpa ou preocupação. Parece que todas as praças estão desertas como está deserta a claridade do céu e pela primeira vez a solidão do banco vazio não é triste.

A caravela desliza no interior da calça envelhecida pelas trouxas amareladas de roupas amontoadas no pequeno quarto escuro recheado com poesias e músicas recém compostas e postas de lado como um passo já dado. Creio que o mar veio me visitar, pois é o mar o grande pai de minhas barcas de saudades, amores e desamores, vividos e imaginados. Salgado e imenso mar, como é imensa minha certeza de que hoje, hoje o dia amanheceu mais claro.





quinta-feira, 2 de maio de 2013




Pequeno Registro de uma apresentação
na cidade de Volta Redonda - RJ.

*Clique no link: _Realejo da Poesia